O Tatuador de Auschwitz
Esta é a história assombrosa do tatuador de Auschwitz e da mulher que conquistou o seu coração - um dos episódios mais extraordinários e inesquecíveis do Holocausto.
Em 1942, Lale Sokolov chega a Auschwitz-Birkenau. Ali é incumbido da tarefa de tatuar os prisioneiros marcados para sobreviver - gravando uma sequência de números no braço de outras vítimas como ele - com uma tinta indelével. Era assim o processo de criação daquele que veio a tornar -se um dos símbolos mais poderosos do Holocausto.
À espera na fila pela sua vez de ser tatuada, aterrorizada e a tremer, encontra-se Gita. Para Lale, um sedutor, foi amor à primeira vista. Ele está determinado não só a lutar pela sua própria sobrevivência mas também pela desta jovem.
Um romance baseado em entrevistas que Heather Morris fez ao longo de diversos anos a Ludwig (Lale) Sokolov, vítima do Holocausto e tatuador em Auschwitz-Birkenau. Uma história de amor e sobrevivência no meio dos horrores de um campo de concentração, que agradará a um vasto universo de leitores, em especial aos que leram A Lista de Schindler e O Rapaz do Pijama às Riscas, e que nos mostra de forma pungente e emocionante como o melhor da natureza humana se revela por vezes nas mais terríveis circunstâncias.
Acabei de ler este livro e houve detalhes que me pareceram estranhos. Aqui ficam alguns :
" - Que línguas falas ?
- Eslovaco, alemão, russo, francês, húngaro e um pouco de polaco. "
Não acham estranho alguém, de origens humildes, nos anos 40 do século passado saber tantas línguas ? Este diálogo teve lugar quando ele chegou a Auschwitz, por isso não podia ter aprendido nenhuma lingua, ou línguas, com outros prisioneiros.
" E chega a manhã de domingo...Lale sabe que este é o dia que os prisioneiros têm para dormir..."
Os prisioneiros de Auschwitz tinham o domingo de folga ?
" Hoje, ao regressar ao bloco, depara com crianças a correr ali fora, estão a brincar à apanhada.
...
Lale mostra o seu quarto aos que agora dividem o bloco consigo e diz-lhes, no seu tom mais severo, que jamais deverão entrar ali. Sabe que eles o entenderam, mas será que vão respeitar a ordem ? Só o tempo o dirá. Pondera o seu conhecimento limitado da cultura cigana e pergunta-se se deverá arranjar outro esconderijo para o que tem debaixo do colchão.."
Pelo que o livro conta, nunca mexeram em nada. Crianças, sem brinquedos, não vão explorar em mexer em tudo e mais alguma coisa ? Sei...
"- O Mengele...Foi ele ?
(...)
- Ele cortou-me os tomates, Lale - diz a voz firme e sem hesitar. - Não sei porquê..."
O Mengele era chanfrado, mas nunca tinha ouvido dizer que fizesse algum procedimento médico sem um motivo.
Em relação ao holocausto, tal como em relação a outros barbáries, há de tudo : histórias verdadeiras, histórias falsas e histórias com um fundo de verdade e algumas mentiras à mistura...