O Assassino do Aqueduto das Águas Livres
Apesar de ser de nacionalidade espanhola, foi em Portugal que Diogo Alves praticou os seus crimes hediondos.
Diogo Alves vivia em Lisboa e, entre 1836 e 1839, assaltava pessoas que usavam um caminho estreito no alto do Aqueduto das Águas Livres como atalho para o centro da capital. Após assaltá-las, atirava-as do cimo do aqueduto.
Como as vítimas eram pessoas humildes, a Polícia não se esforçava para investigar e tratava os casos como suicídios. No entanto, tornou-se tão frequente que o caminho foi fechado devido à “onda de suícidios”.
Diogo Alves também assaltava casas e matava os moradores, crimes esses que vinham nos jornais e chamavam a atenção do público e da Polícia. Após assaltar, torturar e matar a esposa e os filhos de um médico, Diogo foi identificado por testemunhas, preso e condenado à morte por enforcamento. Os crimes do aqueduto também lhe foram atribuídos e, embora, nunca tenham sido bem esclarecidos, calcula-se que terá feito cerca de 70 vítimas.
Visto que no século XIX se acreditava que o tamanho e o formato do crânio estavam relacionados com a personalidade, um médico pediu às autoridades para ficar com a cabeça do condenado para a estudar. Por isso, ainda hoje, a cabeça se encontra conservada em formol na Faculdade de Medicina de Lisboa.