Estava eu ontem ao fim do dia no sofá a ver tv, esperando um domingo calmo e igual a tantos outros, e o meu marido no escritório a ouvir música, quando tocam à campainha insistentemente.

O meu marido foi atender e, percebendo que era algo sério, fui ver o que era. Para minha surpresa estavam 3 agentes da PSP à nossa porta.

- Se é por causa da música estar alta que eu saiba de dia é permitido fazer barulho - Dizia o meu marido.

Um dos agentes esclareceu que tinham sido chamados devido a distúrbios, por isso a nossa surpresa foi total. O meu marido até os convidou a entrar, convite que declinaram por verem um ambiente tão calmo. Custou-nos a acreditar na teoria dos "distúrbios", por isso insistimos no ruído e mencionámos as variadas ocasiões em que houve ruido a altas horas da noite aqui na rua, sons de tiros, e outras atividades suspeitas e que as autoridades nada fizeram. Mais uma vez insistiram nos "distúrbios", mas com ar de quem foi chamado para nada e com vontade de ir embora.

Quando sairam, ficámos a conversar sobre o assunto e lembrei-me que uns 15 minutos antes eu tinha gritado por  ter tido uma dor forte repentinamente. Seria isso ?

O meu marido ainda tentou falar com os agentes para tentar explicar que estou doente e que, às vezes, tenho dores fortes, mas eles iam no carro e não viram ou fingiram que não viram.

Gostava de saber o que raio passou pela cabeça do vizinho/a que chamou as autoridades porque quando há distúrbios, não se ouve apenas um grito, ouvem-se vozes a discutir, coisas a cairem, etc. Por outro lado, eu de vez em quando eu grito, ainda há bocado, ao fazer o almoço gritei porque saltou azeite da frigideira para o meu braço e queimou-me. Chiça que já não me posso magoar, nem estar doente, nem apanhar sustos que chamam a Polícia !