A do Ataque ( continuação)
Eu conhecia uma senhora que era administrativa no hospital onde a do ataque trabalhava e, certa vez em que tinham os ordenados em atraso, a pessoa em questão foi falar com ela para ver se podia fazer alguma coisa. Diz que ela só cantava enquanto fazia crochet. Aquilo é que era uma assistente social.
Um dia, deixou de ir trabalhar e telefonou para o emprego a dizer que se ia matar. Apareceram os bombeiros, a polícia e uma ambulância e ela em casa a rir à gargalhada. Mas, tiveram pena dela e reformaram-na.
Certa vez, sentiu-se mal, porque comeu algo estragado, e ficou caída no chão enquanto batia à porta da vizinha com uma escova. A vizinha ouvia o ruído mas não via nada, por isso estava apavorada.
Eu resolvi apavorar ainda mais a vizinha e comprei um esqueleto de borracha, com uns 20 cm, e colei-lhe fios amarelos à cabeça para imitar o cabelo da vizinha. Depois enforquei o esqueleto na maçaneta da porta. Por acaso, a vizinha e o marido estavam de férias, mas quando voltaram a empregada da limpeza contou-lhes e eles, que viviam ali há mais de vinte anos, apressaram-se a mudar de casa.