Ontem, era suposto ter levado nova transfusão de sangue, mas como era outra médica mandou-me apenas levar a injeção que aumenta os glóbulos vermelhos.

Que sorte !

P.S. Hoje fui ao banco. É a primeira vez, em semanas, que vou a um sítio que não é o hospital.

Certa vez, os meus vizinhos estavam lá em casa e a minha mãe convidou-os para lanchar. Comemos torradas e bebemos chá.

Quando eles chegaram a casa, contaram aos pais. Comentário do pai :

- Chá com rezas.

Aquele para maluquinho não lhe faltava nada.

Quando estou no hospital à espera de consulta, ou de tratamento, etc. acabo por ver modas estranhas.

Esta usa botas no verão e deixa os fechos totalmente abertos. Deve ser para refrescar.

E esta deu uma tesourada nas calças que ficaram com fiapos pendurados. O pior é que ela trabalha no hospital porque ouvi uma funcionária administrativa chamar-lhe doutora.

Muito lindo !

A ideia de reduzir o sal que ingerimos parece-me bem, no entanto, creio que chegámos a um ponto extremo.

Cortaram tanto no sal do pão que se o comermos com algo salgado, nomeadamente queijo ou fiambre ele acaba por parecer quase doce em contraste.

Quando como fora, e peço batatas fritas estas vêm sem sal nenhum, ou seja, passou-se de um extremo ao outro.

O sal faz falta, principalmente a pessoas como eu que têm a tensão arterial baixa.

Já agora, sabiam que a palavra salário deriva de sal ? A verdade é que, antigamente, os soldados romanos eram pagos com sal que era valioso por ser uma das poucas formas de conservar a carne.

Hoje, era para ter ido ao Algarve visitar os meus pais e queria voltar no sábado. Infelizmente, não me sinto em condições e tenho duas consultas hoje, e quimioterapia na sexta.

A ideia era irmos à Feira da Serra que só se realiza nesta época.

Lá se foram os planos...

Ingredientes :

• 2 l de água
• 500 g de sêmola de milho
• 100 g de manteiga
• 3 cenouras
• 1 pimento vermelho
• 1 pimento amarelo
• 1 pimento verde
• 1 cebola
• 1 dl de vinho branco
• Sal q.b.
• Queijo ralado q.b.
• 0,5 l de azeite

Preparação :

Descasque as cenouras, corte-as em meias-luas e leve-as ao lume, a cozer na água temperada com sal. Retire, escorra-as e reserve. Deite na mesma água a manteiga e, assim que ferver, adicione a sêmola de milho, aos poucos, sem parar de mexer. Cozinhe cerca de dez minutos e reserve a polenta.

Corte a cebola e refogue-a no azeite. Corte os pimentos em cubos e envolva-os no refogado assim como as cenouras. Tempere com sal e regue com o vinho. Quando os legumes estiverem cozinhados, retire o excesso de líquido.

Coloque metade da polenta num tabuleiro e disponha orefogado por cima. Cubra com a restante polenta e alise a superfície. Polvilhe com queijo ralado, a 200.º C durante 20 minutos. Retire e sirva.

Bom apetite.

Cinco amigas inglesas resolveram recriar a aldeia onde moram em tricot.

Ficou o máximo não acham ?

Na segunda feira, fui fazer uma cintigrafia que é um exame que serve para determinar se o cancro está nos ossos. É necessário levar uma injeção de contraste e eu adivinhei que não podia ser dada no cateter permanente porque, ao que parece, pode danificá-lo.

Deram-me a injeção numa veia do pulso e tive que esperar uma hora e meia para a substância se espalhar pelo corpo. Depois, o exame em si só durou 10 minutos.

Na terça, fui fazer análises ao sangue.

Ontem, fui à consulta de Imunohemoterapia e tive que levar uma transfusão de sangue , e ainda uma injeção para aumentar os glóbulos vermelhos. Mais uma vez adivinhei que também não podia ser através do cateter, mas a enfermeira que me atendeu acerta sempre à primeira na veia.

Ao fim do dia, tive uma consulta de Oncologia com uma nova médica. Felizmente, é muito simpática.

O resultado da cintigrafia ainda não estava pronto .

À noite, senti-me enjoada. Terá sido por causa da transfusão ?

Amanhã vou passar a tarde a fazer quimioterapia.

Perto da escola preparatória onde estudei havia um vendedor ambulante que vendia : Peta Zetas, pastilhas elásticas, e chupa-chupas variados.

Às vezes, a minha mãe ia buscar-me à escola e reparou que um vizinho nosso comia um chupa-chupa, idêntico aos da foto, todas as tardes. Ao que parece aqueles chupas antigamente chamavam-se pirulitos, por isso, começámos a referir-nos ao rapaz como Pirulito.

O meu vizinho do lado, que era amigo do rapaz, também começou a chamar-lhe Pirulito e, quando demos por isso, toda a gente da vizinhança fazia o mesmo, até os adultos.

O rapaz, pelos vistos, não se importava, pelo menos nunca ouvi dizer que ficasse chateado.

E assim nasceu uma alcunha.

Às vezes abro a janela de casa e, em vez, de cheirar a flores visto que é primavera, cheira a detergente da roupa. Vou na rua e é mais do mesmo.

Noto que muita gente abusa da quantidade do detergente da roupa. Na minha opinião, aquilo é para ser usado com moderação e não em exagero.

Custa-me a acreditar que não faça mal à pele tanto detergente.