Sempre é novamente cancro. Ao que parece este tumor costuma reincidir. A solução é amputar a mama e, ainda assim, pode reincidir na pele.
Amanhã, vou a uma consulta de cirurgia para avaliarem a situação e, assim que houver vaga, vou fazer um pet scan ( aquele exame que deteta se o cancro está espalhado ).
Contava entrar em 2018 já livre disto para poder estar no meu canto a fazer as coisas que tanto gosto : ler, escrever, cozinhar, pintar...e em vez disso vou levar com mais consultas, exames, ser operada e se calhar mais quimioterapia daquela violenta.
O pior é ver a minha família a sofrer. Eu sou forte e aguento, mas ver aqueles de quem gosto a sofrer entristece-me.
Na quarta-feira telefonaram-me do hospital a marcar consulta para ontem às 19 h. Ontem de manhã telefonaram-me, novamente, para dizer que a médica está doente e que a consulta fica para segunda-feira.
Já estou a ver o que aí vem. Para estarem a marcar consulta com tanto afinco é porque as notícias não são boas.
Já só me faltava fazer radioterapia, e agora desconfio que vai voltar tudo à estaca zero.
Eu achava que a pior coisa que me podia acontecer era amputarem-me a mama, mas neste momento nem acho que seja assim tão mau. Pelo menos acabam-se os problemas.
O Dr. Rui Vaz, neurocirurgião do Hospital de São João, no Porto, apresentou a sua demissão devido às condições em que tem de atender os doentes. Segundo ele, os doentes são, há vários anos, atendidos em contentores com pouca higiene e pouca privacidade. Afirmou que se quiser falar com os familiares de um doente, em privado, não tem onde o fazer.
O Dr., quando falou nos noticiários, não disse mas eu sei que os tumores malignos raramente começam no cérebro, começam noutra parte do corpo e, quando ali chegam já a doença está num estado avançado. As hipóteses de cura são escassas. São, por isso, doentes ainda mais fragilizados que os outros.
Não consigo aceitar, enquanto cidadã, que o Governo dê dinheiro para construir estádios de futebol, em vez de o usar na saúde que é muito mais importante.
Os meus parabéns ao Dr. Rui Vaz por se ter chegado à frente e, principalmente, por o ter feito por um motivo fulcral e do interesse de todos.
Gosto de literatura infanto juvenil, por isso quando vi este título apelativo, comprei o livro.
Lá dentro encontrei este texto sobre a autora :
Eve Garnett nasceu em 1900, no centro de Inglaterra. Estudou arte no Chelsea College of Arts e especializou-se na Royal Academy of Arts, em Londres.
Quando era estudante na capital, Eve costumava deambular pelos bairros degradados, sensibilizando-se com as condições de vida da população e, ao mesmo tempo, surpreendendo-se com a alegria das crianças que neles habitavam. Esta situação social foi a fonte de inspiração para a sua obra-prima, A Família da Rua Sem Saída.
Publicado pela primeira vez em 1937, este livro foi recusado por alguns editores, que consideraram a temática desadequada para crianças, pois os livros de maior sucesso na altura tinham como protagonistas famílias abastadas ou animais..
Eve Garnett morreu em 1991, tendo ilustrado vários livros infantis.
Achei a história desenxabida. Fala de uma família numerosa. Tudo bem que são uma família unida, honesta e trabalhadora, mas a narrativa podia ter um pouco mais de aventura e um pouco mais de alegria.
A autora limita-se a contar uma história banal, com pouco ou nada que a distinga da vida das pessoas naquele tempo.
Parece-me que o fulcral das histórias infanto juvenis é o facto de nos transportarem para um mundo repleto de aventuras ( por exemplo Os Cinco ), ou um mundo imaginário ( por exemplo Harry Potter ).
Há uns anos, eu ia na rua e uns passos à frente ia um rapaz a caminhar descontraído. Na nossa direção vinha um gato gorducho. Apeteceu-me pregar uma partida aos dois, por isso imitei um gato assanhado :
- Ffffffffffffffffffffffff !
Pararam os dois a olhar um para o outro desconfiados. Depois, cautelosamente avançaram mas sempre de pé atrás.
Unte uma forma, tipo bolo inglês com manteiga, polvilhe-a com farinha e reserve.
Numa tigela, bata a manteiga, com o açúcar, até obter um creme fofo. Junte os ovos, um a um batendo sempre muito bem entre cada adição.
De seguida, acrescente a farinha aos poucos e sem parar de bater.Deite na forma, disponha as framboesas por cima e leve ao forno, durante cerca de 35 a 40 minutos. Retire, desenforme e deixe arrefecer.
Como já devem ter percebido, sempre fui muito brincalhona, mas quando estudava portava-me bem nas aulas. Essa era a regra, no entanto, houve exceções. A que vou contar foi uma delas.
Entrámos na sala para ter ciências, e eu e a minha amiga reparámos que havia vários instrumentos ( uma balança, um pluviómetro, etc ) espalhados pela sala, numerados de 1 a 10.
O número 1 estava perto de nós e, como tínhamos uma caneta verde, idêntica à que tinha sido usada para escrever os números, mudámos o 1 para -0,1. Reparámos ainda que cada instrumento tinha as respetivas instruções e resolvemos escrever algo atrevido. Como não podia ser nada muito óbvio acrescentámos " no buraco".
A professora explicou-nos que nos íamos dividir por grupos, ler as instruções de cada instrumento e utilizá-los.
Comenta uma colega minha :
- Ó professora, mas ali está -0,1 !
A prof. engoliu em seco e não respondeu.
Calhou eu ficar no grupo dessa minha colega e, após outra ler as instruções, pergunta ela com um ar totó à brava :
- No buraco ? Qual buraco !?
Claro que o instrumento não tinha buraco nenhum e agora era eu a tentar conter o riso...
Eu tinha um tarifário livre, mas de dois em dois meses cobravam-me 1,50 € sem que eu percebesse porquê.
Devo ter carregado em alguma tecla acidentalmente. Podia ter telefonado para a operadora para resolver o assunto, mas provavelmente iam tentar impingir-me um serviço qualquer, por isso optei por mudar de número.