A do Ataque ( take 3 )
Como gostaram das aventuras da do ataque aqui vão mais.
Já aqui disse que ela falava sozinha e cantava, o que não disse foi que ela cantava sempre o mesmo :
- Olé, olé, olé. É piponga, piponga !
Eu nunca tinha ouvido tal coisa...
Um dia, lembrei-me de uma partida engraçada ( quem tinha sempre as ideias era eu ). Lembrei-me de atar uma corda, muito bem esticada, desde a maçaneta da porta da do ataque até à maçaneta da porta dos vizinhos. A ideia era tocar a ambas as campainhas para eles tentarem abrir as portas e não conseguirem. Eu e o meu vizinho atámos a corda silenciosamente, descemos as escadas também com cuidado e, quando chegámos à porta da entrada do prédio, tocámos a ambas as campainhas e fugimos.
O meu plano era bom, mas tinha uma falha : não estava ninguém em casa, nem de um lado nem do outro. Por isso, quando a do ataque chegou desprendeu a corda do lado dela e entrou em casa. Calculo que os vizinhos tenham achado aquilo estranho, mas em todo o caso, não teve o resultado pretendido.
De outra vez, fiz uns planos para desviar o autocarro 36 e abalroar o prédio. Claro que isto era ridículo, o autocarro nunca conseguiria derrubar um prédio de 7 andares, mas como ela era chalada as pessoas podiam achar que era capaz de acreditar nisso e tentar. Deixei os papéis caídos no piso dela e fugi. Infelizmente, não tive qualquer feedback desta patifaria.